O Rio Tarumã-Açu banha a zona oeste da capital amazonense. Na região de abrangência do curso das águas existe uma população que reside as margens ou em flutuantes.
Há alguns anos, a qualidade da água foi colocada em risco. Diversos são os motivos. De acordo com o gerente de Recursos Hídricos do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), o doutor em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia, Daniel Nava, é a ausência de um Plano Diretor de Saneamento em Manaus, o que faz com que igarapés da cidade despejem esgoto sem tratamento diretamente no Tarumã-Açu.
Nesta semana, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), em parceria com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), realizou a análise do Índice de Qualidade da Água (IQA). A ação integra o Programa de Monitoramento de Água, Ar e Solos do Estado do Amazonas (ProQAS/AM) e tem como objetivo levantar dados atualizados sobre a condição ambiental de uma das áreas mais utilizadas para lazer e instalação de flutuantes na capital.
O monitoramento técnico subsidia decisões mais seguras sobre a ocupação da área. Em 2023, os resultados indicaram perda de qualidade em diversos parâmetros. Por este motivo, o Ipaam interrompeu o licenciamento de novos flutuantes na região.
Os resultados das análises coletadas esta semana serão apresentados no dia 12 de agosto. Após a apresentação, o documento com as conclusões será encaminhado pelo diretor-presidente do Ipaam aos órgãos de controle ambiental, de Justiça, à Prefeitura de Manaus, à Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM), ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tarumã-Açu (CBHTA), entre outras instituições.
Rádio Rio Mar
Foto: Moisés Henrique/Ipaam