Exatamente há oito dias e quase simultaneamente, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) dizia que o Hospital Nilton Lins começaria a atender pacientes com Covid-19 no dia seguinte, 14 de janeiro, e, praticamente ao mesmo tempo, o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, prometia que naquele mesmo dia, 180 profissionais seriam contratados pelo governo federal e colocados à disposição do Estado.
Oito dias se passaram e mais de 518 pessoas morreram de Covid-19 neste intervalo, sem que nenhuma das duas promessas fossem cumpridas.
Depois de ser questionado pela Rádio Rio Mar, na terça-feira (19), o Ministério da Saúde informou ter publicado, também na terça, o edital nº 1/2021 do Programa Mais Médicos para contratar 108 profissionais.
Segundo o Ministério da Saúde, o total diz respeito às 36 vagas do Mais Médicos remanescentes no em Manaus e mais uma ampliação para contratar 72 médicos, o que totaliza 108 e não 180, como prometido pelo ministro.
Ainda conforme o Ministério, Manaus tem atualmente apenas 64 profissionais contratados através do Programa Mais Médicos. E para que eles permaneçam à serviço da capital, foi publicada a Portaria Nº 79, também nesta terça, para prorrogar a permanência deles por mais um ano, de forma emergencial.
A Rádio Rio Mar perguntou ao Governo do Amazonas porque o hospital ainda não iniciou o atendimento? Perguntamos se é por falta de profissionais e oxigênio. Questionamos também se algum dos 180 profissionais prometidos pelo Ministério da Saúde foram colocados à disposição do Estado.
O governo do Amazonas respondeu em uma fase apenas, que: “A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) informa que a prioridade no momento é garantir a assistência adequada aos pacientes internados nas unidades já em funcionamento, com todos os esforços direcionados para este objetivo”.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Rodrigo Santos/SES-AM