Gestos que intimidam e agridem de forma verbal ou não verbal uma pessoa: o bullying é exatamente esse tipo de prática. O termo vem da língua inglesa e está relacionado à ideia de valentão.
É um problema recorrente, e muito comum, principalmente na adolescência. De acordo com o IBGE, 23% da população brasileira em idade escolar, já sofreu com esse tipo de situação. Pensando em mudar essa realidade, foi aprovado na Câmara Municipal um projeto de lei para criar campanha “Todos Contra o Bullying” nas escolas municipais.
De autoria do vereador Luis Mitoso, o projeto vai trabalhar métodos que promovam a empatia e o amor ao próximo.
“É por meio do método KiVa, já reconhecido internacionalmente. Você trata não só aquele que está sendo vitimizado, mas principalmente os atores que estão exercendo aquela pressão, aquela agressão. Há uma conversa. Você dá atenção aos que estão proporcionando essa ação danosa, no sentido de que eles possam ser afastados da vítima, protegendo ela. Com isso, eles vão observar que não estão contribuindo com a vítima”, disse.
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O bullyng pode causar uma série de transtornos, físicos e emocionais para quem é vítima dessa prática. A professora Patricia Oliveira, lembra que já passou por isso, e hoje, reconhece que a melhor forma de enfrentar o problema é por meio da conscientização.
“Durante o ensino médio eu sofri bullying. Um grupo de pessoas me apelidou e rapidamente aquilo tomou conta da escola. Me causava muita ansiedade e sintomas físicos, como não querer ir para a escola. Hoje eu lido melhor com a situação, mas são dores profundas que causam na vida de uma pessoa. É muito importante que dentro das escolas haja conscientização, que falem sobre respeitar o indivíduo, sobre não apelidar, não agredir, no geral”, comentou.
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O estudante de História Bruno Sergio também já foi vítima de bullyng. Para ele, é essencial evitar que mais adolescentes passem por isso.
“Eu sofria bullying na época do colégio, era questão de alguns apelidos que eu não gostava. Eu nem mesmo queria ir para aula por causa disso. Eu sei que eu não fui o único, sei que muita gente passou pelo mesmo problema que eu passei. Acredito que as escolas devem criar projetos para combater o bullying”, resumiu.
No momento, o projeto aguarda a sanção do prefeito. Dentro das escolas, a campanha envolverá atividades complementares às ações já colocadas em prática no ambiente escolar.
Rebeca Beatriz – Rádio Rio Mar