Um professor do laboratório de Anatomia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) é alvo de uma investigação da Polícia Federal por tráfico de órgãos. Ele foi suspenso do cargo por 30 dias.
De acordo com a polícia, o professor era responsável pelo envio de órgãos humanos para o estado de Singapura, na Ásia. Os órgãos eram utilizados para confeccionar roupas e acessórios de luxo pelas mãos de um designer de moda famoso.
As investigações mostram que o procedimento técnico utilizado pelo professor para manter os órgãos preservados é a plastinação, que consiste na extração e substituição de líquidos corporais como água e lipídios por resinas plásticas como silicone e poliéster.
A polícia federal afirmou existirem indícios de uma encomenda contendo uma mão e três placentas de origem humanas foram postadas saindo da capital amazonense com destino à Singapura.
Após mandado de busca e apreensão, um computador e peças de anatomia utilizadas como prática de ensino da disciplina, foram apreendidos no laboratório de Anatomia. Caso seja condenado, o investigado poderá responder, pelo crime de tráfico internacional de órgãos humanos e cumprir pena de até 8 anos.
A polícia investiga se outros envios de órgãos já tinham sido feitos pelo suspeito, e como ele conseguiu desviar esse material biológico. Enquanto isso, a situação gera revolta, considerando que mais de 50 mil pessoas esperam na fila para serem transplantadas no Brasil. Muitos morrem à espera de um transplante. Os dados são da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos,
Rebeca Beatriz – Rádio Rio Mar