Em julho a indústria amazonense teve o pior resultado do país com a queda de -14,4% da produção industrial. Os dados da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas apontam que no mês anterior, o Estado registrou alta de 6,7% frente a maio quando marcou apenas 1,1%.
A retração reflete um período em que a produção industrial é afetada devido à escassez de insumos para a região. É o que afirma o presidente do Cieam – Centro da indústria do Estado do Amazonas, Wilson Périco.
“Um indicador importante que mostra a atividade crescendo é o número de empregos que esse sim no primeiro semestre superamos a marca dos 102 mil empregos diretos no Polo Industrial. Só que temos uma variável nova que é a questão da falta de insumos e a dificuldade de logística pra trazer os insumos pra Manaus. É acompanhar e ver a regularização dessa questão do abastecimento das empresas e depois a preservação dos empregos que é o mais importante”, afirma Périco.
Apesar de ter ficado negativo, o Amazonas soma alta na produção no período de janeiro a julho, na comparação com o ano passado. Com 20,8% esse é o terceiro maior crescimento do país.
Mas a margem de crescimento acumulado pode não ser suficiente para manter a evolução industrial da produção pelos próximos meses.
A instabilidade pode afetar também os empregos no estado.
No primeiro semestre deste ano o Polo Industrial de Manaus (PIM) faturou R$ 73,8 bilhões. Um crescimento de 59,33% em relação ao período de janeiro a junho do ano passado (R$ 46,3 bilhões). Entre os produtos que impulsionaram os meses analisados estão o eletroeletrônicos e o polo de duas rodas.
Vitória Lima – Rádio Rio Mar
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