Entre as principais causas da fome no mundo estão: crises climáticas, conflitos armados, choques econômicos e sanitários. São mais de 61,3 milhões de brasileiros que passam por algum grau de insegurança alimentar. A população indígena faz parte deste número e vem sofrendo consequências graves pela falta de alimentação.
Entre os indígenas Yanomami, essa é uma realidade que só cresce. Sua principal causa é o garimpo ilegal, que destrói a natureza, contamina a terra e afeta a vida de centenas de indígenas. Nos últimos quatro anos, mais de 500 crianças Yanomami morreram de fome e mais de cinco mil, passam fome e estão subnutritas, ou seja, recebem alimentação com nutrição insuficiente para sobreviver com saúde.
De acordo com o coordenador do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) Regional Norte I, Francesc Comelles, 50 mil indígenas não têm direito ao usofruto do seu território, o que cria cenários de fome.
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Francesc destaca que as terras indígenas são invadidas diariamente, o que dá início a insegurança alimentar, além das violências e mudanças climáticas.
A exploração ilegal de garimpo, crise de saúde e morte de muitos indígenas, são os desafios que a Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara irá enfrentar nos próximos anos. Em visita à Casa de apoio à Saúde Indígena (CASAI) em Boa Vista – RR, a ministra encontrou mais de 700 indígenas em um espaço que cabe pouco mais de 300 pessoas. Sônia afirma que a raiz do problema é o Garimpo Ilegal.
De acordo com a definição da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN), Lei n. 11.346, de 15 de setembro de 2006, todos têm direito à alimentação permanente de qualidade e quantidade suficiente. Um direito que vem sendo violado.
Rafaella Moura – Rádio Rio Mar