Os pacientes portadores de papilomatose respiratória recorrente (PRR) foram incluídos no grupo prioritário para a vacinação contra o HPV. A inclusão foi motivada por uma série de publicações que demonstram os benefícios da vacina como tratamento auxiliar para esses pacientes, indicando grande redução no número e no espaçamento de recidivas nos pacientes imunizados.
A vacina será ofertada mediante apresentação de prescrição médica. E para os menores de 18 anos, é necessário documento com consentimento dos pais ou responsáveis.
A papilomatose respiratória é uma doença pouco frequente, em geral benigna, que pode causar grave comprometimento clínico e psicológico nas pessoas afetadas. Ela acomete tanto crianças como adultos. Causada pelo papilomavírus humano (HPV), em especial pelos tipos 6 e 11, caracteriza-se pela formação de verrugas, geralmente na laringe, mas que podem se estender para outras partes do sistema respiratório.
O tratamento da PRR é cirúrgico, para remoção das verrugas das cordas vocais e da laringe. Mesmo com uso concomitante de medicamentos que podem ser associados ao procedimento, as recorrências são frequentes, sendo necessários repetidos procedimentos cirúrgicos. Nos quadros de pior evolução em crianças, as recidivas são mais agressivas e o prognóstico é pior. Dessa forma, o tratamento, na maioria das vezes, é extremamente custoso, doloroso e, muitas vezes, ineficaz.
Por isso, desde o desenvolvimento da vacina HPV em 2006, vem sendo estudado o papel dessa vacina como um acréscimo no tratamento da doença. Considerando os benefícios apontados, serviços de otorrinolaringologia têm avaliado o uso desta vacina como adjuvante terapêutico, com resultados encorajadores. Após avaliar essas informações, o Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI) decidiu incluir as pessoas portadores de PRR no grupo prioritário para vacinação contra o HPV.
Com informações da assessoria
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