A rua Conceição do Norte, no bairro Flores, em Manaus (AM) virou um problema para quem trabalha e mora nas proximidades. Com a chuva intensa desta quarta-feira (27), o igarapé que passa pelo local transbordou e alagou a pista, que fica próxima à uma distribuidora de gelo, na Torquato Tapajós.
Vários carros tentavam passar pela área, mas ficaram ilhados porque toda a extensão da rua estava inundada. Um casal chegou a ficar preso dentro do veículo e precisou de ajuda do Corpo de Bombeiros, como conta o Tenente Ruiz, comandante do socorro.
“O local é uma área bastante baixa. Aquela área ficou inundada e vários veículos. É uma área de comércio por trás, então tentaram passar por ali e ficaram ilhados. Algumas pessoas conseguiram sair. Chegamos no local e muitos já tinham saído e o fluxo estava voltando ao normal”, relatou.
O empresário Valdejorge Roque relatou que já é um problema recorrente. “Sempre acontece. Todo ano, sempre que vem uma chuva dessa alaga tudo aqui na frente e atrás. O trânsito já viu como é que fica, não tem como trabalhar”
Francisca Elizabeth mora no local há 60 anos e relata a dificuldade em conviver com os alagamentos, mas ainda não viu nenhuma providência ser tomada para evitar novas inundações.
“Toda vez que chove forte, fica essa alagação. Ela vem até aqui em cima., vai até quase a porta da minha casa. EU tenho artrite e artrose e para eu andar nesse frio, nesse molhado é um sacrifício. A gente não sai para canto nenhum, fica em casa. Não vou para o trabalho porque não posso. Hoje não foi assinar meu ponto porque a água estava aqui”.
Segundo ela, o problema é porque parte do igarapé foi aterrado para dar espaço às construções na rua Conceição do Norte. E quando chove, a natureza quer seu espaço de volta.
“Antes do aterro não alagava, tinha uma ponte. Depois desse aterro mal feito, represaram esse igarapé que vem lá de cima e quando vem, vem para cá [para a rua]. Fica o prejuízo pra gente”, diz
A Defesa Civil municipal registrou onze ocorrências por causa da chuva, como desabamento, deslizamento de terra e alagamento. Em uma delas, na comunidade Campo Dourado, uma casa desabou e outras duas estão com risco de desabar. A área é considerada de risco.
Veja o relato do Chefe de Divisão da Defesa Civil José Mendes:
Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar