PF combate fraudes a programas de transferência de renda no Amazonas e em mais cinco estados

A Polícia Federal, em ação conjunta com a Caixa, deflagrou, nesta quarta-feira (10), a Operação Falso Egidio para desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes a programas de transferência de renda, com atuação em cinco estados, entre eles o Amazonas.

Cerca de 80 policiais federais cumprem 11 mandados de prisão temporária e 16 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal de Niterói/RJ, nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Piauí.

A investigação iniciou em abril de 2023, por parte da Delegacia de Polícia Federal em Niterói, da Caixa e da Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção a Fraude da Caixa. As apurações identificaram a organização criminosa especializada em fraudes a programas de transferência de renda e um prejuízo estimado em R$ 10 milhões.

Durante as investigações, foi identificada a participação de um empregado e duas funcionárias terceirizadas do banco, que foram cooptados pela quadrilha em troca de propina para realizar a liberação do acesso dos criminosos ao aplicativo Caixa Tem, que gerencia as contas digitais sociais da instituição financeira e pelo qual são geridos os valores de benefícios sociais, entre eles o Auxílio Emergencial.

Após a liberação realizada pelos funcionários, os criminosos se apropriavam das contas digitais sociais de terceiros e desviavam valores oriundos de programas de transferência de renda.

Os investigados abriram diversas contas bancárias em nome de moradores de rua, em clara situação de vulnerabilidade social, para receber vultuosas quantias oriundas das referidas contas. Em seguida, os valores eram transferidos entre os integrantes da quadrilha.

Uma análise das contas bancárias utilizadas pela organização criminosa levou à conclusão de que elas foram abertas em nome de terceiros que não tinham conhecimento sobre as fraudes, e eram utilizadas unicamente para abrigar o montante desviados das contas digitais sociais. Em seguida, os valores eram integralmente repassados entre os destinatários finais dos recursos.

Além do crime de integrar organização criminosa, os investigados vão responder pelos crimes de furto qualificado, inserção de dados falsos em sistema de informações e lavagem de dinheiro.

Com informações da assessoria

Fotos: Divulgação