A pandemia de Covid 19 seguida da crise econômica mundial ajudou a dificultar a vida financeira de milhões de brasileiros. 78,9% das famílias estão endividadas, segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor – Peic, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC, divulgada em dezembro deste ano. O planejamento financeiro é essencial para colocar as contas em dia e começar bem o ano de 2023.
As famílias que possuem dívidas em atraso chegaram a 30,3% em novembro deste ano, um aumento de mais de 5% em relação ao mesmo período de 2021. Já as famílias que não terão condições de pagar suas contas somam 10,9% no país. O grupo daqueles que se consideram muito endividados chegou a 17,5% em novembro de 2022.
A empresária Bruna Ferreira tinha uma vida econômica considerada estável. Ela conseguiu comprar um carro e financiar um apartamento, mas a partir do segundo semestre deste ano, seus clientes não conseguiram honrar com os contratos firmados e as dívidas da empreendedora vivaram uma bola de neve.
Com dívidas que chegam a R$ 15 mil, Bruna encontra-se em uma situação delicada. Os valores devidos pelos clientes da empresária somam um total R$ 50 mil, suficientes para ela quitar seus compromissos e se manter por um certo tempo. Para não piorar sua situação, Bruna fez um planejamento.
O economista Eduardo Souza defende que o planejamento financeiro deve ir além da estipulação de custos, ou seja, receitas e despesas. A pessoas devem estabelecer um olhar comportamental em relação ao dinheiro e sua aplicação.
O público alvo mais vulnerável às propostas comerciais que podem levar ao endividamento, é aquele que tem o menor poder aquisitivo e pouco conhecimento sobre educação financeira. Eduardo destaca a importância da boa administração dos ganhos.
Nuno Lôbo – Rádio Rio Mar