Há quatro anos, a enfermeira Damilys Margarida Fajardo encontrou em Manaus um recomeço. A venezuelana contou que seu país de origem ainda enfrenta uma grave crise econômica e social. E que no Brasil, ela conquistou novas oportunidades.
Atualmente, estima-se que cerca de 40 mil venezuelanos estejam no Amazonas. Os dados foram divulgados na pesquisa “Diagnósticos para a promoção da autonomia e integração local de pessoas refugiadas e migrantes venezuelanas em Manaus”. O estudo mostra o perfil socioeconômico e de trabalho dessa população.
A análise foi realizada pelo Ministério Público do Trabalho no Amazonas e em Roraima (MPT/AM-RR), a pedido da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
O assistente de informação pública do ACNUR em Manaus, Felipe Irnaldo, destacou alguns pontos importantes apresentados na pesquisa.
Leia também: Refugiadas podem acessar rede de serviços de proteção para violência
Ainda conforme os dados divulgados, atualmente, 60% da população refugiada se encontra com alguma ocupação na cidade, mas apenas 4,5% com emprego formal e carteira de trabalho assinada.
Um dos objetivos, após a divulgação desses resultados, segundo Acnur, é fazer com que mais políticas públicas voltadas a migrantes e refugiados sejam formuladas, voltadas à contratação dessas pessoas, fortalecendo, assim, a integração local dos venezuelanos.
Rebeca Beatriz – Rádio Rio Mar