Enquanto no Brasil, os casos de câncer de próstata representam 16,96% do total de diagnósticos da doença em homens, no Amazonas, esse percentual sobe para 20,08% das neoplasias malignas descobertas em pessoas do sexo masculino. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer, órgão subordinado ao Ministério da Saúde, e acendem um alerta sobre a importância de se ampliar o rastreio da doença, garantindo um diagnóstico cada vez mais precoce.
Conforme a projeção, são diagnosticados no Estado, anualmente, 480 novos casos da doença, com uma proporção (taxa bruta de incidência) de 22,23 casos para cada grupo de 100 mil homens. Quando se trata da capital, o dado é ainda mais preocupante: 32,04 casos para a mesma proporção. É o câncer mais incidente nos homens do Amazonas. No Brasil, conforme o INCA, o número de casos/ano chega a 65.840, com uma média de 62,95 casos para cada 100 mil homens.
De acordo com o médico Giuseppe Figliuolo, o desenvolvimento do câncer de próstata está relacionado, na maioria dos casos, ao aumento das taxas hormonais, ocasionadas, por exemplo, por níveis elevados de andrógenos (os quais incluem a testosterona). A alteração resulta no crescimento inadequado celular, aumentando os riscos para o aparecimento das neoplasias malignas.
O médico explica que muitos homens não procuravam o médico para promover o rastreio do câncer por preconceito ou medo de ficarem impotentes sexualmente, após o tratamento, argumentos que vêm caindo por terra, conforme a conscientização sobre o tema é ampliada.
Hiolanda Mendes – Rádio Rio Mar