Recuperado da Covid-19, o aposentado Ronildo Gama, de 54 anos, deu o próximo passo rumo à sua recuperação, nesta sexta-feira (07/01). Paciente integrado ao RespirAR, projeto do Governo do Amazonas, coordenado pela Fundação Amazonas de Alto Rendimento (Faar) e a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), Ronildo chegou a ter 75% de seu pulmão acometido pela Covid.
“O projeto RespirAR transforma a vida dessas pessoas por meio das sessões de fisioterapia, que é disponibilizada dentro do projeto; e depois por meio das atividades físicas, que são realizadas em acompanhamento com os educadores físicos”, destacou Neibe Araújo, coordenador do RespirAR.
Após um mês e meio realizando fisioterapia na policlínica Antônio Aleixo, localizada na zona leste da capital, Ronildo finalmente recebeu alta deste primeiro processo e, agora, está pronto para avançar para o trabalho de atividade física orientada.
“Após a Covid, a nossa saúde fica bastante prejudicada, qualquer coisa a gente se cansa, até mesmo para caminhar fica difícil. E esse tratamento que venho fazendo é muito bom para voltar às atividades normais. Em setembro de 2021, peguei Covid e tive 75% do meu pulmão prejudicado, não conseguia respirar, com certeza foi um drama muito assustador, graças a Deus passamos por essa fase. E com essa reabilitação, eu venho sentido 100% de melhora na respiração, pois qualquer coisa que eu fazia já me causava falta de ar, até dar 10 passos era difícil”, afirmou Ronildo.
O aposentado conta que já teve um acidente grave em 2014, onde sofreu um corte na perna, o que prejudicou o seu nervo fibular e limitou sua movimentação. Contudo, o processo de reabilitação planejado por profissionais ligados ao RespirAR contribuiu para a melhora deste quadro.
“Me deu mais satisfação, eu fiquei mais animado, eu penso em quando terminar todo esse processo buscar uma academia, peço para todos fazerem mais exercícios, busquem se cuidar, pois o Covid não é fácil, não é brincadeira, vejo muita gente não levando esse assunto a sério, promovendo muito aglomeração e as pessoas acabam se infectando”, concluiu o aposentado.
Recomendação – A fisioterapeuta Tamires Soares, que atendeu Romildo nas últimas semanas, falou sobre a importância do RespirAR na assistência a esses pacientes, que procuram profissionais qualificados para voltarem a ter uma boa qualidade de vida.
“Acho que é o melhor projeto que o Governo implantou na cidade de Manaus, foi uma necessidade extrema, porque tinham muitos pacientes pós-covid, que não conseguiam uma fisioterapia e, com o RespirAR, eles puderam ter essa oportunidade de ter um acompanhamento pós-hospitalar”, destacou a especialista.
Trabalho – No último balanço realizado no mês de dezembro, em quatro meses o projeto RespirAR realizou mais de 37.500 atendimentos, levando em consideração as suas dez unidades de atendimento espalhadas pela capital. O RespirAR conta com 76 fisioterapeutas, 23 profissionais de Educação Física e 29 estagiários, além de psicólogos e técnicos de enfermagem. O projeto está presente em três Centros de Convivência, quatro Policlínicas, dois Caimis e na Vila Olímpica, alcançando assim diferentes regiões da capital.
Fonte: Faar
Foto: Mauro Neto/Faar