O Seminário “Massacre do Rio Abacaxis e Mari-Mari: memória e luta por justiça!”, evento realizado anualmente para discutir os avanços no caso da chacina que culminou na morte de ribeirinhos e indígenas em Borba e Nova Olinda do Norte, acontecerá entre nos dias 8 e 9 de Agosto no Auditório Rio Solimões da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
Realizado pelo Grupo Pesquisa Planejamento e Gestão do Território na Amazônia – Dabukuri e entidades parceiras, o evento conta com a participação da Defensoria Pública da União (DPU), do Ministério Público Federal (MPF) e do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH).
O evento visa trazer novas atualizações sobre o caso, manter viva a memória das vítimas e cobrar das autoridades reparação e justiça às famílias afetadas. Durante o seminário, será feita uma retrospectiva histórica dos acontecimentos dos últimos quatro anos desde o massacre, abordando os danos sofridos e a violação de direitos que seguem ocorrendo nos territórios.
O Massacre no Rio Abacaxis, ocorrido em agosto de 2020, resultou na morte de 8 pessoas, entre indígenas e ribeirinhos que viviam na Terra Indígena Kwatá Laranjal e ao longo do rio Abacaxis e Mari-Mari, nos municípios de Borba e Nova Olinda do Norte.
Os crimes, com abuso policial, tortura e assassinato, foram executados com o envio de 50 policiais militares pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), após o ex secretário-executivo do Fundo de Promoção Social estadual, Saulo Moysés Rezende Costa, afirmar ter sido baleado enquanto fazia prática ilegal de pesca esportiva na região. Até o momento, duas pessoas foram indiciadas e a Polícia Federal investiga mais de 150 pessoas envolvidas nos crimes.
Com informações da assessoria
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