O Amazonas encerrou as ações da operação Shamar, de combate aos crimes de violência doméstica familiar e feminicídio, com um saldo positivo. As atividades foram desenvolvidas pelo Governo do Amazonas e órgãos parceiros em Manaus e em outros 16 municípios do Estado, no período de 21 de agosto a 14 de setembro, e alcançou mais de 23 mil pessoas com ações educativas, 1.843 vítimas atendidas, 552 medidas protetivas de urgência solicitadas e 694 inquéritos policiais instaurados para investigação e culminou na prisão de 82 suspeitos.
O secretário executivo adjunto de Planejamento e Gestão Integrada de Segurança (Seagi), coronel Almir Cavalcante, destacou que a operação começou a ser planejada em junho deste ano. Ele afirmou que o planejamento e a integração foram essenciais para o sucesso dos resultados.
Na quinta-feira (14/09), a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM), deflagrou o dia “D” da operação, que resultou no cumprimento de nove mandados de prisão. As medidas foram cumpridas em todas as zonas da cidade.
“Tivemos uma operação exitosa, com nove mandados cumpridos, que resultou em sete prisões. Durante toda a semana também foram cumpridos diversos mandados, que resultaram nas prisões de 22 pessoas. Vale destacar o empenho da Polícia Civil e as Delegacias da Mulher no combate à violência doméstica durante a Shamar, em alusão ao Agosto Lilás”, informou a delegada da DECCM, Débora Mafra.
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Além das ações de repressão, foram realizadas simultaneamente palestras educativas em escolas, empresas e em centros comunitários. As ações foram realizadas pela Polícia Militar do Amazonas, por meio da Ronda Maria da Penha, Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), dentre outros órgãos parceiros.
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A comandante da Ronda Maria da Penha, major Tatiana Souza, destacou o empenho da corporação e afirmou que a equipe segue apta para acolher as mulheres em situação de risco.
“Foi uma ação muito gratificante. As mulheres saíram conscientizadas. Aumentou muito os registros, quer dizer que a mulher se viu no ciclo de violência e procurou apoio. Realizamos várias fiscalizações de medidas protetivas, mais de 300 fiscalizações, não tivemos nenhum caso de feminicídio. A mulher, que já era vítima, se sentiu segura e procurou registrar e estamos dispostos a acolher todas aquelas que estiverem em situação de risco”, afirmou a major.