Nesta quinta-feira (03), a Polícia Federal deflagrou a Operação Tupinambarana Liberta, para combater crimes de associação criminosa, corrupção eleitoral, abolição do estado democrático de direito, utilização de violência para obter votos e impedir o exercício de propaganda eleitoral.
A operação mobiliza 50 policiais federais que cumprem cinco mandados de busca e apreensão em locais identificados nas investigações em Manaus.
O objetivo é desarticular associação entre membros de facção criminosa e agentes públicos, os quais entraram em acordo para a prática de crimes eleitorais em prol de uma candidatura na cidade de Parintins. A investigação demonstrou que foram utilizadas estruturas de estado, inclusive, de forças policiais para benefício de uma chapa concorrente à Prefeitura.
Além dos mandados de busca, a Justiça Eleitoral determinou a proibição do acesso dos investigados à cidade de Parintins e a proibição de contato dos investigados entre si e com coligações partidárias do Município.
A Superintendência Regional da Polícia Federal providenciou, esta semana, o aumento do efetivo policial em Parintins para garantir a segurança do pleito na cidade, bem como a liberdade da população para exercer livremente o direito democrático ao voto.
Início da investigação
A investigação iniciou por conta de notícia de fato apresentada pelo Ministério Público Eleitoral em Parintins à Polícia Federal em 16 de setembro. Durante as investigações, surgiram indícios de ameaças de líderes comunitários ligados a uma facção criminosa nacional de tráfico de drogas proibindo o acesso de candidatos à prefeitura a certos bairros, bem como vedação de circulação em determinadas localidades.
Também foram colhidos indícios sobre possível inércia de agentes públicos para coibir essas ameaças em prol de uma candidatura à Prefeitura de Parintins. As ações coordenadas do grupo criminoso teriam promovido a espionagem de pessoas ligadas a um grupo político do município e também monitorado o deslocamento de policiais federais para frustrar a atuação da Polícia Federal.
Em data recente, jornais publicaram vídeos que demonstram autoridades públicas articulando para influenciar diretamente nas eleições da cidade de Parintins.
A operação conta com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar no acompanhamento da execução em face dos policiais militares envolvidos.
O nome da Operação decorre do termo utilizado atualmente pelos moradores de Parintins, chamando-a de “ilha Tupinambarana, a ilha da magia”, fazendo referência a região que foi habitada por diversas etnias indígenas, entre elas os Tupinambás.
Fonte: Polícia Federal
Imagens: Divulgação