A data instituída pela ONU-Organização das Nações Unidas como o Dia Mundial da Alfabetização, para alertar sobre a importância de promover a alfabetização em países onde o ensino ainda é precário, este ano traz um importante indicador.
A pandemia e as crescentes taxas de imigração distanciam ainda mais a realidade de crianças e jovens refugiados, da educação. É o que aponta o relatório da ACNUR-Agência da ONU para Refugiados.
As matrículas na educação secundária estão em níveis críticos. A taxa bruta de matrícula entre 2019 e 2020 foi de apenas 34% conforme os dados coletados pelo ACNUR.
Em Manaus, são 5. 412 alunos matriculados na rede pública de ensino municipal. Destes, 5.114 correspondem a estudantes venezuelanos, enquanto os demais são de nacionalidades haitiana, peruana, colombiana entre outros.
Para a presidente do Sinteam-Ana Cristina Rodrigues, é preciso que a Secretaria Municipal e Estadual de Educação preste ajuda pedagógica, para evitar que as crianças e adolescentes refugiadas sejam prejudicadas.
“Observamos através de relatos é que a secretaria apenas realiza a matrícula. Não oferece nenhum tipo de ajuda pedagógica e nem programa que realmente faça a inclusão das crianças e fazendo que o professor tenha que se virar na sala de aula para esses alunos não sejam prejudicados no processo ensino aprendizagem”, afirma a presidente do Sinteam.
A meta estabelecida pela Acnur é de que 15% dos refugiados esteja matriculado no ensino superior até 2030 com o objetivo de aumentar as possibilidades de emprego, saúde, independência e liderança de jovens em situação de vulnerabilidade para evitar que sejam inseridos em cenários de trabalho infantil.
Vitória Lima – Rádio Rio Mar
Foto: Felipe Irnaldo/Acnur