OMS recomenda vacina contra malária e a notícia é motivo de esperança para amazonenses

A malária é uma das doenças infecciosas que mais afetou a população mundial ao longo da história. Em 2019, foram 229 milhões de casos e 409 mil mortes. Depois de 30 anos de estudo, a OMS – Organização Mundial da Saúde – recomendou oficialmente o uso do imunizante RTSS , o único contra a malária do mundo. O anúncio foi feito após bons resultados no programa de vacinação piloto realizado em clínicas de saúde infantil de Gana, do Quênia e Malauí. A princípio a recomendação vale para crianças de regiões com altas taxas de transmissão, como a África Subsaariana. Região onde morrem mais de 260 mil crianças com menos de cinco anos por ano, vítimas da doença.

Considerada segura, econômica e viável, a vacina conseguiu reduzir significativamente a malária grave em cerca de 30%. A empreendedora Karen Souza teve a doença quando criança e lembra dos momentos difíceis no hospital.

A vacina é uma esperança para a agricultora Nilcinha de Jesus, do Ramal do Mamuri, localizado no KM 78 da BR-319. Ela já perdeu as contas de quantas vezes teve malária.

A região Amazônica possui os maiores índices de malária no Brasil. Caracterizada como uma doença febril aguda é transmitida pela fêmea do mosquito do gênero Anopheles.  No país, são registrados cerca de 135 mil casos por ano. De acordo com a pesquisadora de doenças infeccionas da UEA e Fundação de Medicina Tropical, Maria Paula Mourão, a notícia quanto a vacina não pode ser comemorada de forma plena pelos amazônidas.

A vacina recomendada pela OMS deverá ser aplicada em 4 doses em crianças a partir de 5 meses de idade. O imunizante terá um preço se US$5, aproximadamente R$27.

 

Tania Freitas- Rádio Rio Mar

Foto: Fiocruz