A Organização Internacional do Trabalho (OIT) afirmou em relatório, nesta segunda-feira (22), que mais de 70% da força de trabalho global está exposta a riscos ligados à mudança climática que causam centenas de milhares de mortes a cada ano.
Os trabalhadores, especialmente os mais pobres do mundo, são mais vulneráveis do que a população em geral aos perigos dos extremos climáticos, como ondas de calor, secas, incêndios florestais e furacões, porque geralmente são os primeiros a serem expostos, ou expostos por períodos mais longos e com maior intensidade.
À medida que a mudança climática acelera, os governos e os empregadores estão lutando para proteger os funcionários, disse a OIT no documento.
Alguns países melhoraram as proteções contra o calor para os trabalhadores, como o Catar, cujas políticas foram examinadas antes da Copa do Mundo de futebol de 2022.
No entanto, as regras para controlar outros perigos, como o uso crescente de pesticidas para trabalhadores agrícolas, são menos comuns.
A parcela de trabalhadores globais expostos ao perigo mais difundido, o aumento das temperaturas, aumentou cerca de 5 pontos percentuais nas últimas duas décadas, chegando a 70,9%, segundo o relatório,
Os riscos relacionados ao clima estão sendo associados a câncer, disfunção renal e doenças respiratórias, levando a mortes, doenças crônicas debilitantes ou deficiências.
A poluição do ar é o risco mais mortal, causando cerca de 860.000 mortes anualmente relacionadas ao trabalho entre os trabalhadores que atuam em ambientes externos, segundo o relatório da OIT. O calor excessivo causa 18.970 mortes ocupacionais a cada ano e a radiação UV mata 18.960 por câncer de pele não melanoma, segundo o relatório.
A OIT planeja uma grande reunião em 2025 com representantes de governos, dos empregadores e dos trabalhadores para fornecer orientação sobre os riscos climáticos.
Com informações da assessoria
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