A recomendação de afastamento e investigação é do Comitê Multi-institucional de Enfrentamento à Violência Obstétrica da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM). O caso ocorreu no Hospital Regional Dr. Galo Manuel Ibanêz, em Nova Olinda do Norte. A denúncia feita pela paciente indica uma série de irregularidades na prestação de serviço público para mulheres grávidas, como agressões físicas e psicológicas, comportamentos inadequados e retenção de documentos da paciente e do recém-nascido.

A denúncia foi encaminhada ao Comitê pela Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), sendo formalizada também ao Ministério Público do Estado (MPAM), para instauração do inquérito. Para a defensora pública, Caroline Souza, um dos erros gravíssimos é a realização do parto por pessoas sem capacidade técnica.

Ao denunciar o caso de violência obstétrica, a vítima relatou que sofreu sucessivas agressões durante o procedimento de avaliação de dilatação, que se repetiram após o parto. Devido à constatação de graves lesões ginecológicas, a paciente foi transferida para Manaus, como destaca a defensora pública Suelen Paes.

Um procedimento investigativo foi instaurado contra a equipe de saúde que estava de plantão no dia do ocorrido, e contra a direção do hospital por omissão no atendimento da parturiente. O Polo do Médio Madeira da Defensoria Pública do Amazonas vai acompanhar a vítima no próprio município.

Rádio Rio Mar com informações da DPE/AM

Foto: Evandro Seixas-DPE/AM