Nesta terça-feira, 30 de julho, o Brasil se une a países ao redor do mundo para marcar o Dia de Combate ao Tráfico de Pessoas. A data tem como objetivo alertar a sociedade sobre o crime que afeta cerca de 2,5 milhões de pessoas e movimenta aproximadamente 32 bilhões de dólares por ano, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). A atividade criminosa persiste por ser lucrativa e por estar diretamente ligada à desigualdade social, econômica, racial e de gênero.
O bispo de Roraima e integrante da Comissão Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, dom Evaristo Spengler, ressalta que o tráfico de pessoas não se restringe apenas às fronteiras. O crime ocorre em portos, aeroportos, rodoviárias e na internet. Portanto, um olhar atento é fundamental para evitar que pessoas caiam nas armadilhas do tráfico.
No Brasil, o enfrentamento a esse crime tem ganhado destaque nos noticiários, especialmente no que diz respeito ao trabalho análogo à escravidão. No entanto, é importante ressaltar que, entre as diversas modalidades existentes, o tráfico de migrantes que atinge homens e mulheres que deixam seus países de origem precisa de atenção especial e urgente.
De acordo com dados do Ministério das Relações Exteriores, em 2023 foram atendidas mais de 200 vítimas de tráfico de pessoas. Denúncias podem ser realizadas pelo Disque 100 ou pelo Ligue 180. Ambos os serviços funcionam 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados, e oferecem atendimento em português, inglês e espanhol.