Zenilda Costa, de 48 anos, é moradora do beco Rio Negro, no bairro Educandos, na zona Sul da cidade. Ela mora no local há mais de cinco anos, e se diz triste, pois é mais um ano que tem a casa alagada.
Na casa moram 14 pessoas, este ano eles tiveram que desembolsar cerca de mil reais para fazer um assoalho feito de madeira, e está servindo como apoio para a família. Com a subida do rio Negro, os móveis precisaram ser suspensos, e tarefas que eram simples do dia a dia, como lavar a louça, se tornou um pouco mais complicado. Eles precisam agora do auxílio de um banquinho, e lavam a louça acocados.
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Além do Educandos, outros vinte bairros de Manaus já estão sendo afetados pela cheia, 2.500 famílias já estão cadastradas no aluguel social, mas até agora ninguém recebeu benefício. A Semasc – Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania informou em nota que ainda está fazendo a validação dos cadastros.
Enquanto isso, Zenilda e outros moradores que passam pela mesma situação, se viram como podem.
Segundo a Defesa Civil do Município, se o rio continuar subindo, pelo menos quatro mil pessoas podem ser diretamente afetadas. O CPRM – Serviço Geológico do Brasil deve liberar na próxima terça-feira, o último alerta com previsão de cota para este ano.
Yuri Bezerra, Rádio Rio Mar