O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) emitiu pedido de tutela cautelar de urgência para a suspensão da venda de ingressos para o Festival de Parintins 2026. Segundo o órgão, a solicitação foi feita diante do aumento exorbitante no preço dos ingressos. Os reajustes nos valores ultrapassam 200% em diversos setores, em comparação com os do ano anterior.
O MP aponta que há prática abusiva na venda avulsa (arquibancada especial), com o ingresso diário sofrendo um acréscimo de 82,9% por noite. Ao todo, as três noites de espetáculo totalizariam um aumento de 248,70%.
De acordo com a tabela de comparação de valores de 2025 e 2026, enquanto, neste ano, o ingresso avulso (um dia) mais barato custava R$ 500 e o passaporte para três dias de evento custava R$ 1.440, na próxima edição, o ingresso avulso custará R$ 1 mil e o passaporte R$ 3 mil — respectivamente, aumentos de 81,8% e 108,3%.

Conforme o órgão, a ausência de qualquer tipo de divulgação de justificativas sobre os reajustes caracteriza, em tese, prática abusiva segundo o Código de Defesa do Consumidor.
O Ministério Público pede a suspensão imediata da comercialização dos ingressos até que a empresa responsável, a Amazon Best Turismo e Eventos Ltda., apresente e divulgue publicamente as justificativas econômicas e financeiras que embasaram os reajustes. O descumprimento da medida implicará em multa diária no valor de R$ 50 mil. Outro pedido é para que seja retirado do ar, imediatamente, qualquer plataforma de venda online dos ingressos para o evento.
Com informações da Assessoria
Foto: Tiago Corrêa/UGPE