O Amazonas está no período de transição do verão para o inverno Amazônico. E mesmo com os Rios subindo, os efeitos da estiagem mais severa dos últimos 120 anos continuam. Moradores de duas comunidades rurais, na região do rio Negro, estão isolados. De acordo como os moradores, o único córrego, em que era possível navegar no lago do Aruaú, secou completamente. Os ribeirinhos estão impedidos de navegar pela Área de Proteção Ambiental Aturiá Apuazinho, zona rural de Manaus.
O lago do Aruaú dar acesso às comunidades Nova Canaã e São Francisco. Com a seca, 165 famílias ficaram isoladas. Segundo o comunitário, Maurício Reis, os moradores estão passando necessidades. “Nossa preocupação é com alimento e água que já estar faltando”, disse o morador.
A água potável é a principal preocupação dos ribeirinhos nesse momento e a ajuda para matar a sede, vem de outras comunidades, como explica Maria Oliveira. “Se não fosse nossos vizinhos, a gente estaria com sede atá hoje”, afirma.
Doenças infecciosas por causa da vazante dos Rios também têm afetados os ribeirinhos como afirma a dona de casa, Emily Costa. “Minha filha pegou diarreia. A doença veio da água suja que tomamos nos últimos dias”, enfatiza a Dona de casa.
O Lago Aruaú é afluente do Rio Negro que entrou em processo de repiquete. Mas segundo a pesquisadora do Serviço Geológico do Brasil, Jussara Cury, as chuvas vão ser mais intensas nas próximas semanas e a tendência é que os Rios voltem a subir.
Enquanto os Rios não sobem, definitivamente, os 62 municípios do Amazonas continuam em situação de emergência por causa da estiagem.
Orestes Litaiff – Rádio Rio Mar
Foto: Divulgação/Internet