Por conta da pandemia de Covid-19, a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) teve apenas um mês e meio de sessões inteiramente presenciais durante todo o ano passado. Porém, ainda assim, os 24 deputados estaduais custaram R$ 27,2 milhões mais caros para a população amazonense em 2020 em comparação com 2019, quando não tinha pandemia.
Conforme o Portal da Transparência do governo do Estado, a Aleam consumiu R$ 319,8 milhões dos cofres públicos em 2019. No ano passado, o custo subiu para R$ 347,1 milhões, um aumento de quase 8% para o cidadão.
A redução de quase 8% nos gastos com energia elétrica (caiu de R$ 1.471.388,06 para 1.353.997,09), que totalizou economia de R$ 117,4 mil ao longo do ano, foi quase insignificante diante do aumento superior a R$ 27 milhões do custo da máquina pública legislativa.
Os trabalhos legislativos presenciais começaram em 04 de fevereiro, no ano passado, e foram suspensos no dia 24 de março. A partir de então, todas as sessões passaram a ser virtuais. No dia 02 de junho, elas passaram a ser híbridas, com parte dos parlamentares presentes na Aleam e outra parte com participação virtual.
Confira aqui todos os gastos da Aleam em 2019 e em 2020.
À Rádio Rio Mar, a Aleam justificou que: “mesmo em home office ou de forma híbrida, não deixou de funcionar ao longo do ano de 2020, tendo, inclusive, suspendido o recesso parlamentar do meio do ano. Vale destacar também que foram pagos, em 2020, todos os reajustes constitucionais previstos. Mesmo assim, a Casa trabalhou dentro do orçamento a ela previsto, sem necessidade de solicitação de suplementação orçamentária. E ainda assim, a antiga presidência passou saldo financeiro para a atual gestão, no valor aproximado de R$ 35 milhões”.
Reportagem atualizada às 05h23 de 10/02/2021 com a resposta da Aleam.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Danilo Mello/Divulgação Aleam