Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil suicídios são registrados por ano no mundo, com tendências de aumento. O Brasil não foge à essa triste realidade. Ao longo desse mês, a campanha Setembro Amarelo realiza diversas ações em todo o país para combater essa prática.
Por ano no Brasil são registrados aproximadamente 14 mil casos, que representa uma média diária de 38 pessoas que cometem suicídio. O psiquiatra Luiz Henrique Novaes afirma que a maioria dos casos são decorrentes de transtornos psiquiátricos não diagnosticados.
“As estatísticas mundiais sobre suicídio demonstram que mais de 96% das pessoas que cometeram suicídio tinham um transtorno psiquiátrico que não foi diagnosticado e não foi tratado. As doenças psiquiátricas mais comumente associadas ao suicídio são a depressão, o transtorno do humor bipolar, a dependência química, a esquizofrenia e os transtornos de personalidade, em especial, o transtorno de personalidade borderline. As doenças psiquiátricas são alterações químicas que acontecem no cérebro e que provocam alterações emocionais, alterações comportamentais e também alterações cognitivas”.
As sensações de desamparo, desespero e desesperança são três fenômenos relacionados às tentativas reais de suicídios. Associados a problemas psiquiátricos ou situações de extrema dificuldade, as possibilidades de se cometer o ato se tornam maiores.
Pessoas de todas as idades, raças, credos religiosos e classes sociais estão suscetíveis a essas condições emocionais. No últimos anos, as entidades de saúde mental vem alertando para o crescimento no número de crianças e adolescentes que vem cometendo suicídio. O especialista destaca a importância da boa formação dos jovens para que eles aprendam a lidar com as fases da vida.
“Nós recomendamos como mecanismo de prevenção ao suicídio, que a criança cresça ouvindo não, que a criança cresça junto com os pais aprendendo a lidar com as frustrações, com as derrotas. É muito importante que o jovem se desenvolva no ambiente onde haja compreensão, mas também regras, limitações e restrições”.
A prevenção é o melhor caminho para se combater a cultura do suicídio. A busca por tratamento especializado, seja ele psicológico ou psiquiátrico é um passo fundamental para o enfrentamento desse problema social.
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Nuno lôbo – Rádio Rio Mar