O Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgou nesta semana um levantamento da inserção da população negra e o mercado de trabalho.
Com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD-Contínua) do IBGE, o resultado mostra que 55% da população brasileira inserida no mercado de trabalho é negra.
E no Amazonas 83% das pessoas no mercado de trabalho são pretas ou pardas. Esse é o maior percentual do Brasil.
Porém, a remuneração média destes empregados é 57% menor do que o pago a brancos, conforme o IBGE. A média é de R$ 1.722 para pretos e pardos e R$ 2.708 para brancos.
No Brasil, o índice é 55% de negros na ocupação dos postos de trabalho. Mas o rendimento médio da mulher não-branca no País é de R$ 1.573, quase 70% menos do que mulher não-negra, que é de R$ 2.660.
O rendimento médio do homem negro empregado no Brasil é de R$ 1.950, 78% menos do que os R$ 3.484 do não-negro.
Quanto às demissões em meio à pandemia, no segundo trimestre em relação ao primeiro, a quantidade de mulheres negras ocupadas caiu 13% e de não-negras 7%. No mesmo intervalo, a quantidade de homens negros ocupados caiu 12% e dos não-negros apenas 5%.
Entre os trabalhadores desprotegidos, negros são 45% e não-negros 32%
Entre os trabalhadores ocupados em cargo de direção, apenas 1,9% são mulheres negras e 2,4% homens negros, enquanto 5,3% são mulheres não-negras e 6,6% homens não-negros.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Marcelo Casa Jr./Agência Brasil