Apenas 19% da população urbana do Amazonas tem acesso a tratamento de esgoto, segundo conclusões do estudo Atlas Esgotos – Despoluição de Bacias Hidrográficas. O Estado tem mais de 4 milhões de habitantes, dos quais pouco mais 3 milhões vivem em áreas urbanizadas, mas apenas os dejetos produzidos por menos de 573 mil pessoas têm a destinação correta.
O Amazonas tem 62 municípios e precisa investir R$4,3 bilhões até 2035 para a universalização dos serviços e tratamento com eficiência mínima de 60% de remoção de matéria orgânica, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA). A projeção leva em consideração a construção e manutenção das fossas sépticas individuais, reposição de redes coletoras antigas que não podem ser aproveitadas, adequação do tratamento em função de esgotos combinados com águas pluviais e aproveitamento ou processamento de subprodutos, como o Lodo e o biogás.
O presidente da Associação Amazonense de Municípios (AAM), João Campelo atribui o baixo índice às dificuldades das prefeituras em obter habilitação para apresentar projetos e solicitar dinheiro público junto ao Ministério das Cidades.
A conclusão apontada no Atlas é de que 57% da população urbana brasileira não tem acesso a serviço de tratamento de esgoto. Por outro lado, 61% dos dejetos é coletado. Para equacionar os problemas relacionados ao lançamento de esgotos urbanos, o estudo aponta que é preciso investir R$ 150 bilhões até 2035 em todos os municípios brasileiros. A quantia é inferior ao rombo das contas federais estimado pelo governo para 2017, que é de R$ 159 bilhões de reais.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Marcelo Camargo