O medicamento tafenoquina, para o tratamento de malária entrou na segunda fase de implementação, no Amazonas. O principal objetivo é reduzir o tempo de tratamento da doença, de 14 para 3 dias.
Manaus e Porto Velho são as primeiras cidades do mundo a utilizarem a medicação, que começou a ser implantada pelo Ministério da Saúde em setembro do ano passado, e agora entra em uma nova etapa de implementação.
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No Amazonas, a ação acontece por meio da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), secretarias estadual e municipal de Saúde e Fundação de Medicina Tropical.
A gerente de Doenças de Transmissão Vetorial da Fundação de Vigilância em Saúde, Myrna Barata explicou como está sendo feita a implementação do medicamento.
“A princípio, em setembro do ano passado, iniciou-se nos hospitais e em outras unidades de média e alta complexidade o tratamento. A princípio foram 6 unidades aqui na capital. Agora vai ampliar essa implementação para um total de 13 unidades dos distritos sanitários de Manaus. Nós estamos, com esse trabalhao, mostrando para o Ministério da Saúde como esse novo esquema vai funcionar na prática. Agora nós queremos mostrar, evidenciar, na verdade como vai acontecer todo o fluxo na unidade básica né e também nos Laboratórios de malária, onde acontece a maioria dos casos”, comentou.
Nos dois primeiros meses de 2022 foram registrados 3.939 casos de malária no Amazonas. A doença é transmitida principalmente pela picada de um mosquito, causando febre, tremores no corpo e dor de cabeça.
No tratamento convencional, que pode durar de 7 a 14 dias é recomendado o uso de cloroquina. Já com o novo medicamento, esse prazo será reduzido para 3 dias. Antes de receitar o remédio, são feitos testes laboratoriais para identificar se o paciente está apto a receber o tratamento com a tafenoquina.
Por enquanto, a aplicação do medicamento é para a capital, mas a decisão de distribuição a outros municípios está em análise pelo Governo Federal.
Rebeca Beatriz – Rádio Rio Mar