Dados da Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE, ocorrida em 2019, apontam que apenas 12,9% dos brasileiros possuem plano odontológico. No mesmo ano, 189 milhões de atendimentos foram realizados pelas operadoras contra um pouco mais de 40 milhões efetuados pelo SUS. O levantamento também mostra que dos 162 milhões de brasileiros acima de 18 anos, 34 milhões perderam 13 dentes ou mais.
Dados alarmantes que reforçam a importância da nova edição da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal. Agentes Comunitários de Saúde, da Prefeitura de Manaus, concluíram a primeira etapa do treinamento para estudar as condições epidemiológicas dá área bucal na população. Ela esteve ligada ao conhecimento do aplicativo a ser usado na próxima fase, chamado de arrolamento. Momento em que os agentes farão uma busca ativa nos bairros. Como explica o professor da Fiocruz, Fernando Herkrath.
O estudo visa identificar as doenças mais predominantes, como por exemplo, a cárie, doenças periodontais, traumatismo, necessidade de próteses dentárias e outras disfunções bucais. A coordenadora Municipal da Saúde Bucal, Andréa Pinheiro Gomes, ressalta que é muito importante ter a inclusão dos Agentes Comunitários de Saúde para auxiliar na pesquisa.
A pesquisa epidemiológica de saúde bucal é implementada pelo Ministério da Saúde e envolve instituições federais e parcerias entre as secretarias municipais e estaduais.
Essas informações viabilizam a proposição de políticas públicas e estratégias (nas esferas nacional, estadual e municipal), assim como o monitoramento e avaliação das estratégias em curso da Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB). Também oferecem condições de avaliar a evolução das condições de saúde bucal longitudinalmente e comparando com outros países.
Tania Freitas – Rádio Rio Mar
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