De acordo com o Boletim Epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, os 62 municípios do Estado registram um total de 2.090 mortes em acidentes de transporte terrestres entre 2019 e 2023. Os dados mostram que a maioria dos óbitos, cerca de 52%, foram de motociclistas.
Entre os municípios amazonenses com as maiores taxas de mortalidade por acidentes de transportes terrestres por motocicletas estão Rio Preto da Eva, em 2019 (24,1) e 2022 (16,0), Apuí em 2020 (19,4), Iranduba em 2021 (18,0) e Silves em 2023 (26,0).
O estudo também destaca que o sexo de maior predominância nas mortes por acidentes em motocicletas é o masculino (86%). Já em relação à faixa etária, o maior número de óbitos ocorre entre 20 e 39 anos (59,1%). A coordenadora do Departamento da Vigilância de Violência e Acidentes (VIVA/FVS-AM), Cassandra Torres, explica os números do Boletim.
Um outro dado chama a atenção nesse levantamento feito pela Fundação de Vigilância em Saúde: o maior número acidentes de trânsito com mortes, acontece nos finais de semana. De acordo com a Coordenadora da FVS, o pico de registro acontece no domingo, o que pode indicar a influência de fatores comportamentais, como o aumento do lazer e consumo de álcool.
A coordenadora da vigilância de violências e acidentes (VIVA) do Departamento de Vigilância Epidemiológica (DVE) da FVS-RCP, Cassandra Torres, destaca a importância de ações conjuntas para reduzir esses números.
“Os óbitos estão concentrados entre indivíduos na faixa etária de 20 a 39 anos, que representa uma parcela significativa da população economicamente ativa. A divulgação do boletim com o cenário de acidentes por transportes terrestres, especificamente, para motocicletas visa estimular ações interinstitucionais direcionadas para educação no trânsito e prevenção desses acidentes”, disse Cassandra.
Boletim epidemiológico
O Boletim Epidemiológico da Mortalidade por Acidentes de Transporte Terrestre de Motociclistas no Estado do Amazonas de 2019 a 2023 tem o objetivo de descrever o cenário da mortalidade por esses acidentes de forma que o estudo possa funcionar como subsídio para ações de prevenção desses casos. Os dados sobre óbitos foram extraídos do banco de dados do Ministério da Saúde.
Orestes Litaiff – Rádio Rio Mar
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