O Ministério da Saúde incluiu a classe infantil de 5 a 11 anos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19 na semana passada. O público, estimado em 20 milhões de crianças brasileiras, deve começar a ser imunizado ainda neste mês. Mas para que isso ocorra os municípios terão que seguir as recomendações definidas pela Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Uma delas solicita que seja evitada a vacinação das crianças em postos de imunização do modo drive thru, bem como estabeleceu que a sala destinada a este serviço seja exclusiva para a aplicação do imunizante, não sendo aproveitada para a aplicação de outras vacinas, mesmo que pediátricas.
Uma outra exigência da autarquia é de que a vacina contra a Covid-19 não deve ser administrada ao mesmo tempo que outras imunizações do calendário infantil. A Anvisa recomenda um intervalo de 15 dias para a aplicação de outra vacina. Com relação a aplicação em si é recomendado que os profissionais da saúde informem ao responsável do menor quanto aos sintomas esperados no local da injeção, como possível inchaço, dor e vermelhidão, assim como a possibilidade de febre e fadiga. Para evitar ocorrências, a autarquia estabeleceu que as equipes de saúde passem por treinamento, antes de começar a campanha de vacinação. Em Manaus, isso já ocorreu com os chefes de imunização dos Distritos de Saúde, como explica Isabel Hernandes, chefe de Imunização da Semsa.
Para atender a demanda de 5 a 11 anos, o Ministério da Saúde encomendou mais de 20 milhões de vacinas pediátricas da Pfizer. O primeiro lote do imunizante deve chegar na primeira quinzena de janeiro. A estimativa da Semsa é de que aproximadamente 305 mil crianças sejam imunizadas. A vacinação acontecerá de forma escalonada por grupos prioritários definidos pelo Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde. O diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, alerta para a segurança e importância da vacina.
Tania Freitas – Rádio Rio Mar
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