Manaus se encaminha para terminar o ano como começou: entre as três capitais com a maior taxa de desemprego do País. Conforme resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad-Contínua), divulgada pelo IBGE, nesta terça-feira, 19, a capital do Amazonas tem hoje praticamente o mesmo índice registrado há exatamente um ano: acima de 17,2%, apenas 0,2% a menos.
Em contexto estadual, o Amazonas tem a 10ª maior taxa do País, 13,3%, neste caso, 0,2% a mais do que há exato um ano. No terceiro trimestre do ano passado, o Estado tinha 239 mil pessoas em busca de emprego e hoje são 252 mil, ou seja, 13 mil a mais.
Segundo o chefe do IBGE no Amazonas, Ilcleson Mendes, um fator positivo dentro dos resultados é o leve aumento no número de empregos com carteira assinada. Já o destaque negativo é a falta de registro formal dos empregados domésticos.
Conforme Ilcleson Mendes, ainda não é possível dizer se há uma tendência de melhora nos índices, pois a variação é inexpressiva e praticamente repete os números de um ano atrás, o que torna o nível de desemprego apenas estável.
A informalidade também aumentou consideravelmente em um ano no Amazonas. A quantidade de trabalhadores chamados conta própria ou autônomos sem registro de CNPJ cresceu mais de 7%, foi de 483 mil para 517 mil indivíduos. Já a quantidade de empregados domésticos sem vínculo formal subiu 8,5% entre setembro do ano passado e deste ano, passou de 59 mil para 64 mil pessoas.
Os resultados apresentados pelo IBGE mostram que o Amazonas tem atualmente 360 mil pessoas sem trabalho. Na mesma época, no ano passado, eram 321 mil. Hoje, além dos 252 mil trabalhadores em busca de emprego, o Estado tem 108 mil desalentados (aqueles que já desistiram de procurar trabalho).
Por outro lado, 1,6 milhão de pessoas estão ocupadas formal ou informalmente. Outras 123 mil estão subocupadas, ou seja, não computaram horas trabalhadas por mês suficiente para serem consideradas ocupadas.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil