O governo do Amazonas assinou, no dia 22 de março, contrato para compra de 1 milhão de doses da vacina russa Sputnik V por R$ 76 milhões. Na última sexta-feira (4), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a importação, restrita ao máximo de 1% da população brasileira. Porém, até hoje, mais de dois meses após a assinatura do contrato, o governo Estado ainda não pediu autorização à Anvisa para importar.
As doses liberadas são para uso emergencial e em ambiente controlado. A liberação foi feita a pedido dos governos da Bahia (300 mil doses), do Maranhão (141 mil); de Sergipe (46 mil), do Ceará (183 mil), de Pernambuco (192 mil) do Piauí (66 mil doses).
Segundo o governador do Amazonas, Wilson Lima, há um compromisso do Ministério da Saúde em pagar por essas doses. Caso isso ocorra, os imunizantes irão para o Programa Nacional de Imunização (PNI) e, consequentemente, serão distribuídos igualitariamente em todos os estados. Porém, se o Ministério da Saúde não pagar pela compra, o Estado pagará R$ 76 milhões, e as doses virão para o Amazonas.
Questionado sobre porque ainda não fez o pedido de importação e quando fará, o governo do Estado respondeu que “após a aprovação da Anvisa, o Governo do Amazonas vai discutir os próximos passos para a importação da vacina Sputnik V”.
Conforme o ‘vacinômetro’ da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), o Estado já recebeu 2,3 milhões de doses e distribuiu 2.171.633 aos municípios e capital. Do total, 1.359.531 são Astrazeneca/Fiocruz, 895.854 Coronavac/Butantan e 82,.658 da Pfizer.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Governo da Argentina