Legislação do manejo comunitário sustentável de jacarés é alvo de reclamação na Aleam

No mês de outubro de 2020 foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que permite ao Amazonas e municípios, o manejo comunitário sustentável de jacarés. Neste ano, foi realizado o primeiro abate realizado pela Associação de Produtores do Setor Jarauá, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.

Após cinco anos da criação da legislação ainda há muito a ser realizado, de acordo com o deputado estadual, Sinésio Campos, presidente da Comissão de Geodiversidade da Aleam. O assunto foi levado ao plenário da Casa Legislativa, na ocasião foi cobrado que a legislação seja cumprida pelos órgãos ambientais.

Órgãos ambientais e a comunidade acadêmica presentes destacaram a importância do manejo. De acordo com o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), responsável por emitir as licenças e a autorizações ambientais, a atividade já é realizada na reserva de desenvolvimento sustentável do Mamirauá, destaca o diretor-presidente Gustavo Picanço.

Já o Ibama, que possui uma função importante nas autorizações técnicas para o manejo do animal, ressalta que realiza um trabalho voltado a liberações da atividade. O biólogo de pesquisador da Universidade Federal do Amazonas, Rones da Silveira, afirma que o manejo sustentável do jacaré é uma solução para o excesso populacional desses animais, além de gerar emprego e renda.

O manejo pode movimentar a economia em diversas frentes, já que é possível utilizar o couro para fazer bolsas, sapatos e cintos, e a carne para alimentação e a carcaça para produzir ração.

 

Rádio Rio Mar

Foto: Divulgação – Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá

 

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