Inspeção na BR-319 aponta os prejuízos causados por conta da queda de duas pontes em 2022

A BR-319 é uma rodovia que em tempos de chuva se torna intrafegável pela falta de pavimentação, agravada pelo inverno amazônico. Há quase três anos a situação piorou com o desmoronamento de duas pontes sobre os rios Curuçá e Autaz Mirim. O primeiro caso aconteceu em 28 de setembro de 2022, causando a morte de diversas pessoas. Já a segunda tragédia foi registrada dias depois, no dia 8 de outubro.

Até hoje, a trafegabilidade nestes dois trechos é complicada por conta da ausência da reconstrução das pontes. Atualmente, a travessia dos carros é feita por balsas. No local, um painel foi instalado pelo movimento “Soluciona BR-319” com a contagem de tempo em que os acidentes permanecem sem solução, dois anos e quatro meses.

Um dos líderes do movimento, deputado Dan Câmara, denuncia que é a suposta solução adotada pela Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit), responsável pelas rodovias federais impede o tráfego de barcos no local e prejudica inúmeros segmentos, desde os pequenos produtores rurais que fazem o uso do transporte hidroviário ao transporte escolar.

No segundo semestre de 2024, o Dnit encerrou o contrato de R$43,3 milhões com a empresa J. Nasser Engenharia para a reconstrução das duas pontes que desabaram em 2022, na rodovia BR-319. De acordo com o órgão federal a empresa não cumpriu o cronograma proposto. Até o mês de janeiro de 2025 as obras seguem paralisadas, não há data para o retorno dos trabalhos.

 

Rádio Rio Mar

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