O comércio esperava um 2022 diferente. O volume de vendas não foi o esperado por conta da nova variante, a ômicron. A prova disso é que após duas altas seguidas do Icec – Índice de Confiança do Empresário do Comércio – o mês de fevereiro amargou queda de 1,2% no Brasil. Apesar disso, o número é maior do que o registrado no início do ano de 2021, quando houve redução de 2,7%. O Amazonas sofreu com picos da pandemia, exigindo medidas mais restritivas ao longo dos últimos anos. Isso mexeu diretamente com a economia. Alguns fatores interferem e afetam o comércio, de acordo com Anderson Frota, presidente da Fecomércio Amazonas.

Vivenciamos um momento delicado economicamente. Os dados do IPCA – Índice de Preços ao Consumidor –  de janeiro ajudam a compreender este cenário. O indicador apresentou a maior taxa para o mês desde 2016, com 0,54%. O Boletim Focus, do Banco Central, também teve estimativa de baixo crescimento da economia neste ano, estimando 0,30%. Porém o presidente da Fecomércio Amazonas acredita que é preciso ter otimismo e ‘jogo de cintura’.

De acordo com pesquisa do IBGE, o volume de vendas do Comércio Varejista no Amazonas apresentou retração de 1,3% em 2021. O terceiro pior resultados de toda a série histórica de 12 anos da pesquisa mensal.

Dados do IBGE

O setor de serviços do Amazonas cresceu 11,4% no índice acumulado de 2021, após variação de 0,6%, em 2020. Essa foi a maior taxa para um fechamento de ano desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012. Além disso, é o terceiro ano consecutivo em que o setor de serviços do Estado avança em relação ao ano imediatamente anterior, mesmo tendo passado por dois anos de restrições, devido à pandemia de Covid-19.

Já na comparação de dezembro contra novembro, o setor recuou 2,2%. E em dezembro de 2021, na comparação com dezembro de 2020, o índice também apresentou queda (-1,7%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada hoje (10) pelo IBGE.

Tania Freitas – Rádio Rio Mar

Foto: Fernando Frazão – Agência Brasil