Após a seca histórica que atingiu Manaus em 2024, barqueiros e moradores que frequentam a orla da capital do Amazonas foram surpreendidos nos últimos dias com a aparição de ilhas de vegetação, no Rio Negro.
Ilhas de Canaranas: Vegetação flutuante no Rio Negro atrapalha rotina de barqueiros. Foto: Reprodução.
De acordo com o professor de Biologia, Gabriel Melo, essa espécie de planta aquática é conhecida como capim marreca ou Ilhas de Canaranas, se formam em períodos de estiagem, quando rio seca, o solo fica exposto, e cria condições para que essa vegetação se desenvolva.
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Na bacia do Tarumã-Açú, elas se acumulam em grandes proporções. Para quem precisa do rio para trabalhar, representa um grande problema. José Moraes, trabalha como aquaviário na Cooperativa dos Profissionais de Transporte Fluvial da Marina do Davi, ele afirma que além de travar o motor, as Ilhas de Canaranas obstruem a passagem para chegar às Comunidades da zona rural de Manaus, e diante do problema, a saída é contornar a vegetação, o que exige mais combustível.
Prefeitura de Manaus intensifica retirada de vegetação aquática na Ponta Negra para garantir navegação e segurança. Foto: Divulgação/Semulsp.
O professor de biologia, explica que a presença dessa vegetação, não atrapalhar apenas o dia a dia dos moradores e barqueiros do local, mas também é capaz de diminuir a oxigenação da água, e aumentar o nível de acidez nos rios.
A Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), está realizando um trabalho intenso na retirada dessas plantas aquáticas em toda a orla da cidade, e também nas comunidades ribeirinhas. A secretaria reforça que o trabalho tem sido contínuo, garantindo que o acesso aos rios seja mantido e que esse tipo de planta não prejudique o ecossistema ou a rotina de quem depende diretamente das águas para viver.
Yuri Bezerra, Rádio Rio Mar