
Igreja Católica realiza 31º Grito dos Excluídos em defesa da Vida e da Casa Comum
Nesta sexta-feira, 5 de setembro, Dia da Amazônia, a Arquidiocese de Manaus promoveu a 31ª edição do Grito dos Excluídos e Excluídas, reunindo fiéis, movimentos sociais e organizações da sociedade civil em caminhada que saiu da Rotatória Novo Aleixo e seguiu até o Parque Gigantes da Floresta.
Com o tema “Vida em primeiro lugar” e o lema “Cuidar da Casa Comum e da Democracia é luta de todo dia”, a manifestação destacou a defesa dos direitos fundamentais e a urgência de preservar a floresta diante das ameaças ambientais.
A agente de pastoral Núbia Gonzaga, do Setor Padre Pedro Vignola, reforçou que o ato dá voz a quem costuma ser silenciado. Para ela, o Grito é um espaço em que os excluídos assumem o protagonismo e mostram que têm direitos a serem respeitados.
Já Dom Vanthuy Neto, bispo de São Gabriel da Cachoeira, afirmou que o evento representa também a luta dos povos indígenas da Amazônia. Ele ressaltou que a defesa da democracia e do meio ambiente está diretamente ligada à garantia da vida e da cultura dos povos originários, que resistem diante de ameaças como o marco temporal.
Além da pauta em defesa da vida e da floresta, a caminhada cobrou a limpeza dos igarapés de Manaus e lançou a campanha “Água e lixo não combinam”, chamando atenção para o saneamento básico e o cuidado com os rios da capital.
O Grito dos Excluídos deste ano também denunciou a fome, a falta de moradia e de políticas públicas efetivas, reafirmando a luta por dignidade e justiça social.
Rafaella Amorim, Rádio Rio Mar