Um homem de 39 anos foi preso pela Delegacia Interativa de Itapiranga, no interior do Amazonas, por descumprimento de medida protetiva, injúria e ameaça contra a ex-companheira, uma mulher de 31 anos. A prisão ocorreu após ele enviar mensagens em tom de ameaça para a vítima. De acordo com a Polícia Civil, a mulher procurou a delegacia para registrar boletim de ocorrência contra o ex-companheiro e levou o celular como prova das mensagens recebidas. A partir disso, os policiais iniciaram diligências e localizaram o suspeito.

Homem é preso em Itapiranga por descumprir medida protetiva e ameaçar ex-companheira. Foto: Divulgação.
A vítima relatou que conviveu com o homem por dez anos e que, nos últimos dois, ele passou a apresentar comportamento agressivo, principalmente quando consumia bebidas alcoólicas. Segundo ela, além da violência psicológica, o ex-companheiro a xingava e tentava humilhá-la. Em junho deste ano, ele chegou a agredir o pai da vítima, que tentou retirar o filho do casal de seus braços durante uma discussão.
O delegado Aldiney Nogueira explicou que a prisão reforça a eficácia da Lei Maria da Penha, que segue como instrumento essencial no combate à violência doméstica.
“Apesar de estarmos diante de mais um caso de prisão por descumprimento de medida protetiva, a Polícia Civil pode tranquilizar as vítimas, as mulheres, de que a Lei Maria da Penha, em regra, funciona. Na imensa maioria dos casos, os agressores cumprem o distanciamento e não entram em contato, justamente pelo receio de serem presos, como aconteceu com esse ex-companheiro que não deixava a sua ex-mulher seguir a vida,” afirmou.
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O homem foi autuado por descumprimento de medida protetiva, injúria e ameaça. Ele passará por audiência de custódia e permanecerá à disposição da Justiça. O delegado reforçou ainda que a atuação da polícia no combate à violência contra a mulher ocorre durante todo o ano, e que as vítimas podem continuar confiando nas instituições.
“A Polícia Civil reforça que a Lei Maria da Penha segue sendo um instrumento importante de combate à violência doméstica e familiar há quase 20 anos. As mulheres podem procurar as delegacias, promotorias e delegacias especializadas. O Agosto Lilás e a Operação Shamar podem ter terminado, mas seguimos de prontidão para garantir os direitos das vítimas. Sofrendo qualquer tipo de violação, disque 180 ou procure a delegacia mais próxima,” concluiu.
Yuri Bezerra, Rádio Rio Mar