A Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) presta apoio humanitário para 80 migrantes haitianos que desembarcaram de forma ilegal em Manaus, no último domingo. A suspeita é que o grupo tenha sido vítima de tráfico de pessoas.
O voo, da empresa aérea surinamesa Fly All Ways, saiu de Porto Príncipe, capital do Haiti, com destino a Manaus. Ao desembarcarem no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, as equipes da Polícia Federal constataram a falsificação do Registro Nacional de Estrangeiros, documento que atesta a identidade de estrangeiros com residência temporária ou permanente no território brasileiro.
Conforme a PF, após constatação da falsificação dos documentos, a entrada dos passageiros foi impedida, e a tripulação proibida de retornar ao Suriname. Na segunda-feira (27), o Ministério Público Federal no Amazonas, a Defensoria Pública da União e a Agência da ONU para Refugiados solicitaram o refúgio dos migrantes.
Ajuda humanitária
Os passageiros realizaram testes para a Covid-19, entre outras medidas sanitárias necessárias. Um paciente testou positivo para a doença, mas já está isolado e sendo acompanhado pelas autoridades.
Segundo a chefe do Departamento de Promoção e Defesa dos Direitos da Sejusc, Gabriella Campezatto, os haitianos foram divididos em grupos e estão hospedados em hotéis da capital.
De acordo com o MPF, duas crianças que não estavam acompanhadas foram encaminhadas para o Serviço de Acolhimento Institucional de Crianças e Adolescentes, da Prefeitura de Manaus.
Ainda de acordo com o órgão, os migrantes vão cumprir quarentena obrigatória. Após o período, serão encaminhados ao Posto de Identificação e Triagem para os procedimentos de regularização migratória e depois poderão seguir viagem normalmente.
Fonte: Sejusc
Fotos: Raine Luiz/Sejusc