Centrais sindicais e movimentos sociais convocaram para hoje (30) uma nova greve geral em protesto contra as reformas da Previdência e trabalhista. Esta é a segunda greve geral nacional convocada pelas centrais sindicais.
A primeira ocorreu no dia 28 de abril, quando trabalhadores de várias categorias pararam em diversas cidades do país. Na ocasião, houve bloqueio de vias e rodovias e confronto entre policiais e manifestantes.
De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, as reformas propostas pelo governo federal trazem riscos trabalhadores e para o país. “Não vai ter geração de emprego, vai ter bico institucionalizado. Vai ser o fim do emprego formal, que garante direitos conquistados, como férias e décimo terceiro salário”, diz Freitas. Na última quarta-feira (28), houve aprovação do parecer favorável à reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
Manaus
Na capital do Amazonas, a concentração ocorreu as 7h, na Praça 5 de Setembro, popularmente conhecida como Praça da Saudade. A greve geral teve a adesão de diferentes centrais sindicais, como o Sindicato dos Petroleiros, Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores, Sindicato dos Urbanitários, servidores públicos federais e Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (ADUA).
Chamada após reunião no dia 5 deste mês, a paralisação de hoje chegou a ter a realização ameaçada após algumas centrais cogitarem não participar do movimento, mas foi reafirmada, na última sexta-feira (23), como uma data unitária para realização de uma nova Greve Geral, com o objetivo de parar o Brasil.
A Greve Geral desta sexta-feira, luta contra as Reformas da Previdência e Trabalhista e, segundo o 1º secretário do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior – ANDES-SN, Jacob Paiva, precisa ser construída ativamente, com a mais ampla unidade, sem deixar “que diferentes posições sejam impeditivas na construção dessa luta unitária”.
Governo
O governo federal argumenta que as reformas são necessárias para garantir o pagamento das aposentadorias no futuro e a geração de postos de trabalho, no momento em que o país vive uma crise econômica. O argumento é que, sem a aprovação da reforma da Previdência, a dívida pública brasileira entre em “rota insustentável” e pode “quebrar” o país”, como disse o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Sobre a reforma trabalhista, o governo afirma que a proposta moderniza a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), de 1943. E que as novas regras, como a que define que o acordo firmado entre patrão e empregado terá mais força que a lei, estimulará mais contratações.