Cerca de 50 trabalhadores do Hemoam (Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas) protestaram em frente à sede da instituição nesta quarta-feira (13) pedindo a suspensão do processo seletivo realizado para contratar funcionários da área da saúde e outros setores.
Moisés Jojas trabalha há 28 anos no Hemoam como técnico de enfermagem. Ele estudou e se inscreveu para concorrer a uma vaga de enfermeiro. De acordo com sua pontuação, Moisés ficaria em 14º lugar, mas não foi chamado, mesmo havendo 50 vagas disponíveis.
Outros profissionais também relataram possíveis inconsistências no processo. Veja na live:
O processo seletivo realizado pelo Hemoam para selecionar 710 profissionais não tem o mesmo status que um concurso público. A contratação é temporária, com duração de até 12 meses ou até 48 meses, dependendo do cargo.
O certame foi executado pelo Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (CETAM), através da Comissão Permanente de Concursos (COPEC). Não houve prova. Os candidatos tiveram que fazer a inscrição online e anexar a documentação comprobatória da qualificação e experiência e somar uma quantidade de pontos. O curso de qualificação na área concorrida é o pré-requisito para a classificação. As especializações e tempo de experiência somam pontos, que podem chegar até 100.
O resultado saiu no dia 11 de outubro e na lista com os classificados constam 121 nomes que tiveram a pontuação zerada. Os trabalhadores manifestantes também disseram que houve divergências para a classificação, pois o mesmo documento foi aprovado para um profissional e para outro não.
A Fundação Hemoam informou em nota que acompanhou todas as etapas do Processo Seletivo Simplificado e reforça que o mesmo seguiu rigorosamente todas as regras do Edital.
Informou, ainda, que depois de todas as fases de recurso, vai realizar, até esta sexta-feira a homologação do certame, considerando a lista de classificados.
Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar