Acusado de comprar 4.323 cabeças de gado de áreas embargadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) ou desmatadas ilegalmente, entre janeiro de 2019 e setembro de 2020, o Frigorifico Amazonas pode ter que pagar R$ 43,2 milhões em indenização por dano moral ambiental e social coletivo.
Isso é o mínimo cobrado pelo Ministério Público Federal (MPF) em ação civil pública, que pede também à Justiça que proíba o frigorífico de abater ou comercializar gado de origem ilegal, sob pena de multa de R$ 5 mil por animal.
Segundo o procurador da república que assina a ação, Rafael Rocha, o Frigorífico Amazonas abate os animais em Humaitá e estimula desmatamento ilegal na Amazônia ao comprar as cabeças de gado de áreas irregulares.
A ação do MPF também requer que o frigorífico seja obrigado a apresentar, na comercialização de todos os produtos bovinos, informação sobre a origem, pois é direito do consumidor saber a origem.
O MPF disponibiliza, a qualquer cidadão, dados do acompanhamento do programa Carne Legal no Amazonas, no site da instituição.
A ação tramita na 7ª Vara Federal no Amazonas sob o número 1021966-39.2020.4.01.3200.
A Rádio Rio Mar tentou contato com o Frigorífico Amazonas através dos e-mails e telefones disponibilizados pela empresa tanto nas redes sociais quanto no cadastro junto à Receita Federal, mas não obteve resposta.
As tentativas de contato foram feitas pelos telefones (92) 3648-5580 e (92) 3022-5580 e pelos e-mails frigo.amazonas@gmail.com e admfrigoamazonas@gmail.com, além do inbox do Instagram @frigorificoamazonas.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Divulgação/MPF