A pandemia do coronavírus não afetou apenas a saúde. A fome avançou entre os brasileiros, um aumento de 85% em dois anos. De acordo com os dados da Rede Penssan e da Universidade Livre de Berlin, a fome atingiu 19,1 milhões de pessoas em 2019, enquanto que no ano anterior eram 10,3 milhões. Um dos fatores que colabora para este quadro é a inflação, seguida do desemprego. Mesmo com o auxílio emergencial, ficou difícil manter a alimentação. Em abril de 2020, quando a ajuda federal começou a ser paga ainda era possível comprar um cesta básica completa, com a redução no valor durante este ano tornou-se uma tarefa impossível. Para muitos a saída são os restaurantes populares.
Em Manaus, a primeira unidade do “Prato do Povo” é a esperança para muitos. Localizada na zona Norte, conjunto residencial Viver Melhor – Etapa I, passa a oferecer 500 almoços de segunda a sexta-feira, como explica Jane Mara Moraes, secretária da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania.
A refeição tem o custo de R$1. Fabiana Nascimento, moradora da região, aprovou a iniciativa e relata a importância do restaurante para a comunidade.
A meta é expandir o projeto “Prato do Povo” para outras zonas de Manaus e diminuir a vulnerabilidade alimentar na capital amazonense, destaca o prefeito David Almeida.
O Governo do Estado também possui quatro restaurantes populares na capital, o programa Prato Cidadão disponibiliza alimentação ao preço de R$1.
Tania Freitas – Rádio Rio Mar
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