Festival de Cirandas: Flor Matizada clama pela resistência das comunidades tradicionais

No último sábado (31), a ciranda Flor Matizada, levou seu espetáculo “O alvorecer matizado: um voo pela vida” à arena do Parque do Ingá. O 26º Festival de Cirandas de Manacapuru recebeu um público de mais de 9 mil pessoas, lotando o anfiteatro do município (a 68 quilômetros de Manaus).

A ciranda lilás e branco representou a arte popular do povo manacapuruense em um espetáculo ousado e surpreendente. O tema anunciou o alvorecer de um novo tempo, clamando pela resistência das comunidades tradicionais, negros, indígenas e ribeirinhos, em harmonia na floresta, com os seres imaginários.

Entre os personagens folclóricos mais emblemáticos da ciranda, o carão que, desta vez, ganhou forma feminina. Arina Costa, integrante de um dos corpos artísticos do Estado, se apresentou pela primeira vez no Cirandódromo.

É fundamental para a gente, principalmente, para mim, que participo do Balé Folclórico do Amazonas, está inserida em um festival folclórico é uma coisa que agrega muito, profissionalmente, pessoalmente também, comentou a bailarina.

Representando a cultura manacapuruense, Izaely Noguchi no papel de Constância, há seis anos, assume um dos personagens mais tradicionais das cirandas.

No momento que a gente entra, a gente esquece tudo. Porque a roupa incomoda, a cabeça dói, mas no momento que a gente pisa aqui, esquece todos os problemas, tudo o que você está pensando naquele momento é único. Você se desliga do mundo e vai ser feliz, revelou Izaely.

As vozes expoentes de Márcia Siqueira e Mara Lima, somadas à versatilidade de Patrick Araújo, reforçaram o time de cantadores da Flor Matizada. Também teve a presença do artista amazonense Adanilo Silva, representando a cultura indígena. Espetáculo à parte da Família Matizada, a torcida “Fama”, que empolgou e fez o seu papel.

Fonte: Governo do Estado

Fotos: Divulgação