Dados do Observatório BR-319 indicam que os municípios situados no Interflúvio Madeira-Purus, região atravessada pela rodovia BR‑319, apresentaram crescimento de 67% na taxa de desmatamento em abril de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024.
Os dados vão na contramão dos divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente, que registrou uma queda de 9,7% nas áreas sob alerta de desmatamento na Amazônia no período de agosto de 2024 a março de 2025.
Segundo Heitor Pinheiro, analista de geoprocessamento do Idesam e responsável pelos dados de monitoramento ambiental do Observatório BR-319, destaca as principais frentes de desmatamento.
Entre os 13 municípios da área de influência da BR‑319, Tapauá, Manaquiri e Lábrea registraram maior aumento percentual de alertas de desmatamento em abril, com taxas de 1.178,1%, 1.149,3% e 776,9%, respectivamente, em comparação ao mesmo período de 2024. Isso ocorreu mesmo com a presença de Áreas Protegidas e no período chuvoso.
De acordo com os dados do Deter no mês de abril, no ranking entre Rondônia e o Amazonas, os municípios que mais tiveram desmatamentos foram: Lábrea, Maués, Apuí, Boca do Acre e Novo Aripuanã. E os municípios que mais desmataram na Amazônia Legal foram: Lábrea (AM), Maués (AM), Colniza (MT), Apuí (AM) e Aripuanã (MT).
Rádio Rio Mar
Foto: Cristie Sicsú /Agência Brasil