Nota recomenda Ventilação Não Invasiva para reduzir intubação de pacientes Covid-19

A Secretaria de Estado de Saúde está discutindo o uso de novas tecnologias no tratamento da Covid-19 em pacientes. Seguindo o exemplo do Ceará, que vem tendo bons resultados na utilização de Ventilação Não Invasiva (VNI) para amenizar o desconforto de pacientes com insuficiência respiratória e reduzir a intubação, o Estado pretende reforçar o serviço de fisioterapia nas unidades porta de entrada para a doença.

O objetivo é introduzir a fisioterapia com o uso de VNI ainda na enfermaria, partindo de estudos e experiências que mostram que o reforço no tratamento ao paciente nesta etapa diminui o tempo de internação, evita levar o paciente para a UTI e reduz o índice de mortalidade.

Nesse contexto foi criada, por meio de portaria, a Subcomissão de Fisioterapeutas do Estado do Amazonas, no Âmbito do Comitê de Respostas Rápidas para o enfrentamento da Covid-19.

O grupo é formado por profissionais da secretaria e fisioterapeutas especializados em terapia intensiva e fisioterapia respiratória que atuam nos prontos-socorros da rede estadual.

Com base em estudos recentes e levantamentos sobre a eficácia do tratamento em pacientes com a Covid-19 no Brasil e no mundo, e orientações já apresentadas pela Organização Mundial de Saúde, a comissão elaborou Nota Técnica para orientar o uso de VNI nas portas de entrada para a doença.


Na Nota Técnica, os coordenadores de fisioterapia de três grandes Hospitais e Prontos-Socorros do Estado detalham os tipos e métodos recomendados, os resultados alcançados em pacientes acometidos pelo novo coronavírus e quais os perfis de pacientes que podem ser beneficiados com o tratamento.

O documento é assinado pelos coordenadores dos Serviços de Fisioterapia do HPS João Lúcio, Sérgio Cruz; e do HPS 28 de Agosto, Alessandro Magno; e pelo fisioterapeuta intensivista também do HPS 28 de Agosto, Paulo Sá.

Na nota, elaborado pelos especialistas, eles citam a utilização de máscaras VNI para reduzir a mortalidade hospitalar. Conforme os profissionais, a VNI mantém as barreiras de defesa natural, reduz a necessidade de sedação e o período de ventilação mecânica, podendo evitar intubação orotraqueal e suas possíveis complicações.

A comissão também orienta quanto aos equipamentos necessários para a realização de ventilação não invasiva.

Da redação da Rádio Rio Mar

Foto: Rodrigo Santos/SES-AM