O primeiro semestre do ano é o período em que mais são registrados acidentes com animais peçonhentos, de acordo com dados da Fundação de Vigilância em Saúde Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP). No Amazonas, esse é o período de cheia dos rios, que requer cuidados da população para evitar esse tipo de acidente.
Os dados levantados de janeiro a novembro de 2022 apontam o registro de 2.870 casos, mostrando uma redução de 6,6% no número de casos em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 3.073 casos. Desse total, os meses com maior índice estão entre janeiro e junho.
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Segundo o gerente de Zoonoses do Departamento de Vigilância Ambiental da FVS-RCP, Deugles Cardoso, a cheia dos rios requer cuidados, especialmente, com acidentes por serpentes que são os mais comuns nessa época do ano, e a maior incidência de casos se justifica pela proximidade dos animais com a área de terra.
“O uso de botas de borracha cano longo pode reduzir até 80% dos acidentes com serpentes”, destaca Deugles, que também é veterinário.
As serpentes lideram o número de acidentes registrados até novembro deste ano, com 1.786 registrados, representando mais de 62% dos casos. Em seguida, aparecem os escorpiões, com 478 registros de acidentes. Com aranhas, foram 250 casos. Acidentes com lagartas, abelhas e outros representam o restante dos casos, totalizando 356 casos.
“Os animais estão se aproximando das áreas secas. Quando a área de várzea está totalmente inundada, a tendência é desses animais peçonhentos procurarem espaço próximo e nas residências”, destacou Cardoso.
Em caso de acidentes com animais peçonhentos, o paciente deve procurar a unidade de saúde mais próxima para o atendimento. Em Manaus, os atendimentos são realizados na Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD).
Yuri Bezerra, Rádio Rio Mar