Muito se fala em linhagens, mutações ou variantes do coronavírus. Segundo especialistas, é normal, no percurso de desenvolvimento do vírus, que ele passe por essas alterações genéticas.
Até o momento, a Organização Mundial da Saúde já identificou pelo menos cinco variantes de preocupação do vírus. Dessas variantes, surgem novas versões do vírus.
Desde o início da pandemia, o Amazonas tem registrado casos de variantes, como a P1, Delta, Mu, Gama, e a mais recente, a variante ômicron.
O epidemiologista da Fiocruz Amazonas, Jesem Orelana, alerta para as variantes de maior transmissão.
“Gama, Delta e ômicron, elas têm em comum uma característica bastante preocupante, que são variantes com maior transmissibilidade, elas são mais contagiosas. Ou seja, são variantes que conseguem se disseminar com mais facilidade na população. Não há um consenso até o momento, não há nenhuma evidência científica sólida que mostre que uma variante é mais ou menos letal do que a outra, disse.
Ouça o áudio da reportagem:
Apesar de não existir o consenso sobre a capacidade de uma variante ser mais letal do que a outra, conhecer os riscos de transmissibilidade, que já são altos, é informação suficiente para prevenir, e evitar um novo caos na saúde.
“Podem surgir casos em quantidade suficiente para tornar a realidade dos hospitais bem diferente do que temos visto nos últimos meses, aumentando o número de leitos clínicos com pacientes graves, aumentando o número de internação”, ressaltou.
O especialista reforçou, por fim, que manter além dos cuidados essenciais no combate ao vírus, como distanciamento social, uso de máscara e álcool gel, a vacinação é fundamental.
“Em relação às vacinas, de modo geral, todas essas vacinas que estão disponíveis no mercado, independente da tecnologia, se é baseada em RNA, se é baseada em vetor viral, se é baseada em vírus atenuado, seja lá qual for a plataforma tecnológica, são todas vacinas que protegem principalmente contra as formas graves e contra a morte, contra o óbito por covid-19. Mas também é muito importante que fique claro que vacina nenhuma faz milagre sozinha, os cuidados individuais como uso de máscara e álcool em gel são necessários”, concluiu.
Ou seja, o primeiro passo para se ver livre do vírus, é cada pessoa fazer a sua parte.
Rebeca Beatriz – Rádio Rio Mar